Hoje de manhã, quando o frio ainda não se tinha ido embora e quando o sol ainda despontava, qual olhar luminoso e curioso, abri a janela do meu quarto. Meti o nariz frio de fora das quatro paredes onde passara a noite, o meu quarto. Olhei fixamente para o céu e tentei distinguir a gradação de cores deste fundamental elemento da Natureza..segundo a alquímia...o Céu! Sorri para ele e este pareceu-me retribuir, uma vez que o ar estava húmido, o que acarretava uma sensação de oxigenação, tal como nos acontece quando choramos muito e ficamos aliviados. Não parei de inspirar e expirar fundo, pensado que mais um dia começava, como muitos que teria pela frente. Mas o dia de hoje seria especial, pelo simples facto de ser hoje...um dia comum..onde mais uma vez podia acordar e dizer que estava viva! E foi precisamente o céu, de tão luminoso que estava, que me fez enxergar para além do real e pensar no conceito de infinito.. Mais uma vez tentei evadir-me mentalmente do local onde me encontrava e t
QUERO ouvir. Quero ouvir a tua voz. Quero saber o que queres realmente dizer, o que me transmites, o que sentes. Quero estar segura numa praia, acompanhada pelo mar e pelas ondas, pela paixão, pela música, pelo pôr-do-sol e redes de pesca bem perto das casinhas as riscas azuis e brancas, de madeira, onde moram os pescadores. Quero ouvir. E quero também sentir. Sentir, de verdade. Amar é mais do que teres o corpo de alguém, percorrer a sua alma,aquecer o fogo remoto que em ti desconheces e fazer soar o som do vento por todos os poros de uma rocha arenosa, teres À tua frente uma pele tostada pelo sol, ou te deitares sobre a areia molhada. Quero ouvir. Quero ouvir a sério e de novo o que realmente queres. Quero parar de exigir, de preisar, de necessitar incessantemente, temendo, algo que me complemente, algo do qual dependo. E depois chorar. Chorar pelo que nunca consegui senitr, Chorar pela discordância infantil e infeliz dos olhos que param numa noite chuvosa à beira de uma falésia, ol
NATAL! Aquela festa mundial que une desconhecidos, amplia afectos, partilha o calor de viver! E que, mesmo sem pensarmos, nos acompanha em todos os sonhos de criança, e mais tarde, nos recolhe a momentos de introspeção em família. Momentos estes, onde deixamos de usar capas, máscaras sociais, e somos autenticamente nós. Onde recordamos os que cá estão e os que já partiram. Onde nos colocamos em causa e renovamos sonhos e ampliamos energias. Onde os presentes, fruto de um consumismo voraz, nos enchem os pensamentos, aereamente mantidos sob ilusões socialmente impostas. Mas mesmo assim... é uma altura diferente! O apelo à solidariedade, à permanência dos bons actos pra outrém, o simples recordar do nascimento de uma criança, há mais de 2000 anos, muda-nos a vida por esta época em que todos, inconscientemente invejosos, nos lembramos de um velhote vestido de vermelho, e acreditamos na possibilidade daquele desejo concretizado, daquele presente obtido. O tal afago merecido. O tal pertence
Comments