QUERO ouvir. Quero ouvir a tua voz. Quero saber o que queres realmente dizer, o que me transmites, o que sentes. Quero estar segura numa praia, acompanhada pelo mar e pelas ondas, pela paixão, pela música, pelo pôr-do-sol e redes de pesca bem perto das casinhas as riscas azuis e brancas, de madeira, onde moram os pescadores. Quero ouvir. E quero também sentir. Sentir, de verdade. Amar é mais do que teres o corpo de alguém, percorrer a sua alma,aquecer o fogo remoto que em ti desconheces e fazer soar o som do vento por todos os poros de uma rocha arenosa, teres À tua frente uma pele tostada pelo sol, ou te deitares sobre a areia molhada. Quero ouvir. Quero ouvir a sério e de novo o que realmente queres. Quero parar de exigir, de preisar, de necessitar incessantemente, temendo, algo que me complemente, algo do qual dependo. E depois chorar. Chorar pelo que nunca consegui senitr, Chorar pela discordância infantil e infeliz dos olhos que param numa noite chuvosa à beira de uma falésia, ol...
Às vezes ficas sem asas quando deixas de voar naquele que foi o teu conforto. Quando sentes que essa morada deixou de ser tua. Quando tentas ficar calmo, quieto, sereno, sentado no cadeirão e o barulho do silêncio não te deixa descansar. Quando deixas morrer, a história que julgavas ser “a história” da tua vida. Assim como a fagulha ferra na pele e dói, macera e tinge, assim também é a dor que sentes quando o lume se força a apagar. O lume do amor, qual vela em fim de vida, contempla, quieto, as “últimas horas”, no desespero de voltar atrás no tempo. O tempo da vivência, qual fugidio, que guardou em si todas as memórias, aquelas que querias que fossem o “agora”. O sossego da inquietação, sentido após o corte da árvore, que recebia vida em suas raízes e água cristalina. Assim como o frio da noite escura, em que apenas vês a margem do rio beijado pela lua branca, assim ficas quando morre um companheiro de batalhas. Cruel a vida, as ideias, pensamentos, boa...
LIBERDADE! Aquela sensação de que o sufoco desapareceu, de que és dona(o) de ti, a ninguém deves nada, a ninguém tens de pedir para sentir.. Porque há particularidades na vida que tu não podes escolher.. Há caminhos que traças, sempre em consciência, digna(o) dos teus valores..que de um modo ou doutro te mostram aquilo que nunca poderás esconder de ti mesma(o): TU PRÓPRIO(A).. Porque uma mentira nunca poderá sobreviver para sempre.. MAs quando és livre, sentes o teu universo, sentes por fim quela janela abrir-se, aquele passarinho enjaulado voar, por muito doloroso, inverosímil que possa parecer. A felicidade que conquistas, posteriormente, é estares bem contigo própria(o), independentemente do que os outros te possam dizer ou apontar.. Quaisquer que sejam as tuas diferenças: cor de pele, religião, orientação sexual, política.. Acorda de manhã e sente mais um dia, feliz, porque sabes que, independemente dos olhares dos outros, ages em conformidade com a tua identidade. Canta, berra, sa...
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