Equilíbrio... =)



Porque na Natureza nem tudo é perfeito, embora se encontre perfeitamente estruturado e inserido em sistemas e circutos bem definidos. Porque todos nós necessitamos de um modelo ou alvo de beleza, sabedoria, plenitude, alegria, sensação, virtude e integridade. Porque a simplicidade de tudo advém da sua "perfeição". Antoine Saint-Exupéry dizia que a virtude é a perfeição no estado de Homem e não a ausência de defeitos. Pequenos erros que lamentamos momentaneamente, grandes perdas que lamentamos para toda a vida, erros genéticos, económicos, sentimentais, incoerências pessoais e dificuldades... Quem não as tem?

É tudo isso que nos faz evoluir, o sair do pouco e buscar aquela sombra que caminhará sempre à nossa frente, que nos faz saltar alto no trampolim ideal do raciocínio e da conjectura: a perfeição.


PERFEIÇÃO? O que é?



Virtude? Beleza? Pureza? Branco? Simetria? Lógica? Saúde? Transparencia? Sabedoria? Deus? Inteligencia? Integridade? Ética? Plenitude? Omnipotência? Amor?

Todo o corpo é imperfeito porque não é um corpo perfeito; toda a vida vida imperfeita porque, durando, não dura sempre; todo o prazer é imperfeito porque o envelhece o cansaço; toda a compreensão é imperfeita porque, quanto mais se expande, em maiores fronteiras confina com o incompreensível que a cerca, como diria Fernando Pessoa. Este ideal de perfeição é o ideal helénico, por terem sido os gregos antigos quem mais distintivamente o herdadou de civilizações anteriores.

A verdade é que a palavra "perfeição" faz ecoar em nós um sussurro distante da lenda tão bem conhecida do "Paraíso perdido", de Adão e Eva: bem-mal; pecado-virtude; imperfeição-perfeição; yin-yang.

Mas é aí mesmo que reside a complementaridade de tudo... algo só é belo, completo, quando se complementa, quando se conecta. Por exemplo: o feminino e o masculino, o dia e a noite, a lua e o sol. Em todos estes exemplos observamos uma beleza intrínseca, difícil de explicar mas fácil de sentir, um jogo de complementos, nem melhores nem piores, simplesmente diferentes.

YIN-YANG: a combinação perfeita!

Segundo este princípio da filosofia chinesa, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da Natureza eram representados não só pelo claro e escuro, mas também pelo masculino e pelo feminino, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. Yang, o forte, o masculino, o poder criador era associado ao céu, enquanto o Yin, o escuro, o receptivo, o feminino, o material, era representado pela terra.

Filosofias à parte, o que interessa é em cada dia nos complementemos e sejamos complementados pelo que damos, pelo que recebemos, pelo que procuramos dar e pelo que nos surpreende! Porque não precisamos de ter aquele corpo preconizado pelos íc0nes de beleza, aquela suposta segurança que o colega de faculdade parece possuir, o dinheiro que o nosso vizinho ganha..

O que interessa é que sejamos perfeitos em nós mesmos, dentro de uma flexibilidade pessoal e harmonia implícita, porque o nosso mundo é visto à nossa maneira e não há padrões. Cada um sente à sua maneira, vive da sua forma e vÊ aquilo que lhe agrada. Às vezes é quando prdemos algo que reparamos no nosso valor. oUtras vezes é quando algo não corre tão bem que temos a oportunidade de nos conhecer melhor.Todos nós somos muito ricos, temos muito para dar e receber, e se conseguirmos garimpar o ouro existente em nós mesmos seremos as pessoas mais ricas deste planeta!

Não há plantio sem tempestades, caminhos sem riscos, trajectórias sem acidentes, trabalhos sem dificuldades!

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