IF I COULD...

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ÀS vezes...


...às vezes...gostava que o tempo voltasse para trás...

Gostava que ele corresse e me fizesse arfar de cansaço de tanto correr atrás dele e de, por fim, voltar a ver as mesmas caras que eu quero ver, estar o mesmo tempo de qualidade, rir das mesmas parvoíces. E pensar que passados 6 meses aí estaria eu a relembrar o sorriso de quem tanto anseio ver de novo. Aquela amizade pura, sem interesses misturados, somente com o intuito de ser feliz e fazer os outros felizes! Aquele carinho que nos acompanha, passem seis dias, seis semanas ou seis meses.
Às vezes... gostava que o tempo não fosse tão chato, que corresse velozmente para os sonhos que tanto almejo e que não demorasse tanto para voltar de novo a ter aquele ombro perto do meu, aquele olhar sincero e simples, sentir aquele perfume fresco e aquela alegria implícita da juventude de quem quer viver! De cantar na tuna e elevar as mãos ao céu, à tarde, depois das aulas, com um sorriso implícito de alegria, depois de me sentir verdadeiramente em "casa". De corrermos por entre as árvores verdes e frescas como sempre. De olhar para os pulsos e repararmos que não estamos acorrentados pelo tiquetaque do relógio, que neste momento vivemos juventude eterna!
Só queria mesmo que o tempo me deixasse viver.. longe de distâncias e de hipóteses conjecturadas ao som do vento. Que desta vez não fossem as vozes vindas de um mundo virtual que me alegrassem. Desta vez, uma voz provinda desse alguém de carne e osso. Aquela voz meiga e por vezes insegura que também ampara as minhas inseguranças, ainda que inadvertidamente.
E subitamente, passado aquele segundo, passado aquele instante, tudo ficaria mais fácil. Dissipar-se-iam as distâncias, poderíamos sentarmo-nos confortavelmente num pontão perto do mar a ver o pôr-do-sol, o mesmo que eu vira muitas vezes sozinha, esperando ansiosamente pela resposta do tempo à minha espera. Enquanto tal não acontece, olharei para o brilho da saudade, percepcionando esses olhos sinceros que algo me querem confidenciar... porque a saudade, qual devedora de promessas e portadora de segredos, essa transcenderá sempre a aurea à qual nos submete, agora e sempre que o nosso astro natural nos iluminar nas noites estreladas.


Comments

carlos bruno said…
Querida pequenina
És o sol
Que me fascina
Tens a luz
Que me ilumina
Onde estás?

Passa tempo passa
Cai fundo
No esquecimento
Não oiças
O meu lamento
Onde estás?

Onde estás?

Minha pequenina - xutos & pontapés

grande som anita, podes por no masculino i fica ao teu gosto* jinhos
3/14/2007
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